terça-feira, 9 de agosto de 2011

É CORINTHIANS

“Um texto de um corinthiano para outros corinthianos. Não sou eu o autor, nem ao menos sei quem escreveu. Mas isso não tem importância, pois é o que diferencia nossa torcida, nossa nação. Não há amor que se defina melhor do que esse pelo corinrhians de nosso coração”.         Marlon Ferreira                                                                           

É amanhã. Foi ontem. É hoje. Será sempre. O Corinthians não precisa de data para celebrar. Só precisa de Corinthians.
Pode parecer mesquinho para os outros, onanista, até. Mas isso é Corinthians para quem de fato importa – o corintiano. Basta existir.
O fiel não precisa de jogo, de estádio, de adversário, de futebol, de campeonato, de gol, de vitória, de título.

O corintiano só precisa do Corinthians para ser feliz.

Só precisa de outro corintiano para fazer festa. Ele Que não precisa ser craque, pode até ser bagre. Desde que saiba que a camisa não é um símbolo. É tudo. É Corinthians.

Não é um bando de loucos. É um corintiano. Definição precisa e perfeita. Completa e complexa. Mas simples como um torcedor que ama o time como ama a família. Se não torce de fato mais pelos 11 que jogam por todos que pelos entes queridos. Afinal, é tudo do ente. É tudo doente. É tudo Timão.

O Corinthians não é a vida de um corintiano.
Antes de ser gente ele é Corinthians.
Por isso tanta gente é Corinthians. Num Brasil imenso e injusto socialmente, o campeão dos campeões paulistas é dos maiores fatores de inclusão, justiça e igualdade no país.

Não por acaso é nação dentro deste continente. Tem regras complicadas, tem razões malucas, tem paixões regradas. Tem de tudo e tem para todos no Parque São Jorge. Na casa por usucampeão Pacaembu. No Morumbi tantas vezes palco das festas. No Maracanã campeão mundial em 2000. Nas tantas praças brasileiras que viraram casas corintianas em títulos e troféus. Até mesmo nas dores que não murcharam amores. Até mesmo nas vergonhas nos gramados e nos sem-vergonhas das tribunas e tribunais, o Corinthians sempre soube ganhar como raros, e até soube perder como poucos. Mesmo perdendo a cabeça e perdendo o juízo. Mas jamais perdendo o coração.

Doutor, eu não me engano, mesmo que meu coração seja o oposto do corintiano, não há nada que bata tanto e por tantos como esse que se diz maloqueiro e sofredor, graças a Deus!

Esse prazer de eventualmente sofrer é exclusividade alvinegra. Esse amor não se explica. É um presente. É um dom. É uma doação, mesmo quando mais parece uma danação. É sina que não se explica, que fascina até quem não é, até quem não gosta. Não sei explicar o Corinthians. Nem os corintianos conseguem.
Mas nada disso é preciso. O que importa é que sempre haverá no estádio e em cada canto um fiel. Um estado de espírito alvinegro. Um torcedor que acredita sem ter por que; que torce sem ter por quem; que joga sem ter com quem.

Listar os títulos corintianos não é fácil. Mais difícil é compreender um torcedor que até se orgulha dos fracassos. Até na segunda dos infernos. Em 2008, vi gente acreditando como sempre desde 1910. Vi fiel não abandonando. Não parando. Acreditando. Corintianando.
Fiel pode até ser rebaixado – mas não se rebaixa. Raros sabem perder e ganhar como nenhum outro jamais venceu.
Ainda mais raros (embora muitos) nasceram sabendo que quem ama não perde. Podem até ter times melhores. Mas mais amados?

Realmente, não se explica, por que amar tanto alguém que lhe faz sofrer tanto? Talvez sejam doentes, ou, apenas LOUCOS.


 Por: Corinthians 

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